O zinco é um mineral essencial para a função normal de mais de 100 enzimas envolvidas no nosso corpo. A maior concentração desse mineral está nos olhos e nos nervos ópticos. A pele também apresenta elevadas concentrações e pode ser um indicador sensitivo do status individual de zinco. Além dela, encontra-se zinco em outros diversos órgãos como as adrenais, ossos, cérebro, coração, rins e músculos. Vale-se ressaltar que o zinco é retirado de tecidos periféricos, quando é requisitado em outro local do corpo.
As principais fontes alimentares desse mineral são as carnes bovinas, peixes, aves, leite e derivados, ostras, mariscos, cereais e nozes, por exemplo.
Em relação a sua deficiência, pode-se classifica-las em absoluta ou relativa. A deficiência absoluta de zinco é quando o corpo é muito exigido, envolvendo uma redução ou ausência da ingestão desse mineral. O estresse, doença da tireóide, função alterada da adrenal, certos medicamentos e intoxicação por metais pesados, contribuem para essa deficiência.
Já a deficiência relativa, é instalada quando há redução das concentrações de zinco nos tecidos de armazenamento. Vale-se dizer que tal fato não é devido, necessariamente, a redução da ingesta do mineral. Essa deficiência também pode ser notada quando comparada a minerais antagonistas como o cobre e cádmio, podendo ser causadas por problemas na adrenal, tireóide ou hipereação da paratireóide. O zinco interage com o cádmio diminuindo sua própria retenção. Por isso, ambientes poluídos e o hábito de fumar, aumentam a necessidade de ingestão de zinco (Ler postagem sobre “Metais Pesados”)
PELE
É na pele onde as primeiras manifestações da dificiência aparecem. Dessa forma, estudos mostram que a deficiência de zinco está associada a diversas doenças envolvendo a pele, como por exemplo, lupus e psoríase.
As estrias são boas indicadoras da deficiência de zinco, pois, como sabemos, a pele depende de zinco para manter sua integridade. Sendo assim, a falta desse mineral desencadeia no rompimento da superfície da pele. Um bom exemplo que representa a deficiência em mulheres, é o aparecimento daquelas estrias ao redor dos seios.
FICA A DICA! A cor da estria pode apontar o tipo de deficiência instalada (relatica ou absoluta). Na deficiência relativa, a estria é caracterizada pela cor branca. Já na deficiência absoluta, a cor é vermelha ou roxeada.
UNHAS
As unhas tambem podem indicar o status de zinco. Pontos brancos nas unhas podem representar uma deficiência do mineral. Normalmente, esses pontos brancos são causados mais comumente pelo excesso de cobre, o qual é um potente antagonista do zinco.
ANEMIA FALCIFORME
Estudos demonstram que indivíduos que sofrem dessa anemia apresenta deficiência de zinco. No curso da doença, há acumulo excessivo de outro mineral, o cálcio, nas celulas vermelhas, tornando-as rígidas e deformadas. O zinco, então, é benéfico nessa condição, pois ajuda a reduzir a infiltração de cálcio nas células vermelhas.
ANOREXIA NERVOSA
É possivel que a deficiência de zinco possa ter haver com o desenvolvimento desse distúrbio. Isso, pois, dois componetes que caracterizam a anorexia são alteração do paladar e olfato. Ou seja, sinais clássicos da deficiência de zinco. O desenvolvimento da deficiência do mineral pode estar relacionado com o acúmulo excessivo de cobre.
VALE SABER à Quando a mulher começa a amadurecer e entra na puberdade, seus níveis de cobre normalmente elevam-se com o hormônio feminino estrogênio. Quanto mais os níveis de cobre aumentam, mais precisa-se do zinco. Caso essas mulheres não obtenham zinco proveniente da dieta, a deficiência irá instalar-se. Portanto, considera-se importante ressaltar que muitos fatores podem levar a sobrecarga de cobre, como, o uso de contraceptivos orais, terapia a base de estrogênio, a redução na ingestão de proteinas e estresse. Ou seja, todos esses fatores são caracterizados pelo estilo de vida das adolescentes, o que pode explicar a elevada incidência de anorexia nervosa nesse grupo.
DESENVOLVIMENTO DA DEFICIÊNCIA
Medicamentos podem contribuir para o desenvolvimento da deficiência, uma vez que suprimem sua absorção, aumentando a excreção ou interferindo com nutrientes sinérgicos, como o magnésio e a vitamina B6. Essas drogas são mais representadas por anti-depressivos e diuréticos, por exemplo.
Alimentos que contanham elevados níveis de ácido fítico (encontrados em cereais integrais), veinculado à moleculas de zinco, tornam difícil a absorção do mineral pelo corpo. Por isso, muitos vegetarianos necessitam aumentar seus estoques de zinco, uma vez que apresentam dietas muito ricas nessas fibras.
SOBRECARGA
O excesso da ingestão de zinco pode comprometer seriamente a absorção de outros minerais. Se a relação for enviesada, pode-se desenvolver colesterol alto, desencadeando em doenças cardiovasculares. Quando a relação do zinco é excessivamente maior que a do cobre, por exemplo, as lipoproteinas de baixa densidade (LDL) aumentam e as lipoproteinas de alta densidade (HDL), tornam-se baixas. Lembrando que os niveis de HDL (considerado o BOM colestrol), devem sempre estar maiores do que os de LDL (colesterol RUIM).
Ressalta-se a importância de hábitos saudáveis de vida associado a uma dieta variada, pois, dessa forma, obtem-se as quantidades adequadas de todos os minerais, uma vez que, não devemos nos preocupar com eles isoladamente, e sim, como um todo, já que eles trabalham juntos!
Rebecca Boubli
CRN/1 - 7311