terça-feira, 31 de julho de 2012

O RECONHECIMENTO DA CIÊNCIA DIANTE DOS BENEFÍCIOS DO ÔMEGA 3


Essa substância é caracterizada por ser um ácido graxo poliinsaturado, indicado para reduzir sintomas de depressão, evitar cardiopatias, melhorar a cardiovascularização, além de induzir a longevidade e ter efeitos benéficos no futuro quociente de inteligência em bebês ainda em gestação.
Portanto, a indústria de alimentação rapidamente começou a colocar o ácido graxo ômega 3 em vários produtos nutricionais, como bebidas, sucos, margarina e etc.

MAS SERÁ QUE É NUTRICIONALMENTE VERDADEIRO “ENRIQUECER” ALIMENTOS COM ÔMEGA 3?

Há aí uma grande dúvida, pois nem todos os ômega 3 são iguais. O considerado “bom” é o de cadeia longa (ácidos graxos de cadeia longa), que estão presentes nos peixes de águas profundas (salmão, atum, bacalhau, cação). Dessa forma, estudos provam que essas substâncias prometem fazer “milagre”, já que cerca de 8% da matéria que constitui nosso cérebro é de ômega 3, mais especificamente de ácido docosahexanoico (DHA) e ácido eucosapentanoico (EPA), exercendo profundos efeitos antienvelhecimento na estrutura e função cerebral, atuando na cognição e memória, levando a melhora da saúde mental.


PREVENÇÃO DO ENVELHECIMENTO CEREBRAL
Restringindo sua função no âmbito cerebral, pode-se dizer que Omega 3 aumenta a o volume de massa cinzenta, especialmente nas regiões associadas à felicidade. Por apoiar a estrutura das células cerebrais, aumenta também a produção de neurotransmissores, além de diminuir o estresse oxidativo e inflamatório.
Estudos levam a crer que, com o passar da idade, há um decréscimo da quantidade de EPA e DHA presentes no cérebro. Daí sua ligação estreita com a prevenção da doença de Alzheimer.
O EPA e o DHA são responsáveis por desempenhar uma série de funções vitais ao corpo. Estão relacionados tanto a estrutura, quanto a função neural. Uma vez que protegem contra a destruição acumulada por diversos agressores. É, portanto, o que pode determinar se uma célula vai ou não sucumbir ao insulto.


AMADURECIMENTO CEREBRAL
Estudos revelam que mães que não consomem a quantidade adequada de Omega 3 durante a gestação, possuem 48% mais chances de terem seus filhos com o teste que QI mais baixo.
A quantidade de DHA presente no cérebro durante a fase de desenvolvimento fetal ficará diretamente relacionada à inteligência e desempenho cognitivo na infância, estendendo-se para a adolescência.
A quantidade insuficiente de Omega 3 pode estar relacionada com o aumento do risco de transtornos de déficit de atenção e hiperatividade, e outros distúrbios comportamentais. Portanto, isto pode contribuir para o desenvolvimento de agressão, ansiedade, depressão, esquizofrenia, demência, e diversas outras variedades de condições de saúde mental e outras condições criminais.
Além do Omega 3 reduzir significativamente os níveis de citocinas inflamatórias circulantes no sangue, atenuando a inflamação no tecido cerebral, estudos também demonstraram que a suplementação com Omega 3 em pacientes com doença de Alzheimer grau leve a moderado, melhoraram o apetite e tiveram aumento benéfico no peso corporal.
É considerado, hoje, uma estratégia preventiva da doença.



DEPRESSÃO E OMEGA 3
Um estudo verificou uma menor quantidade de Omega 3 no cérebro daqueles que sofrem de quadros depressivos.
Os benefícios da suplementação de Omega 3 relacionados com a serotonina (hormônio do prazer) são poderosos e podem ser comparados com antidepressivos vendidos no mercado.
Vale-se dizer, que seus efeitos se dão por uma forma crônica de utilização, e não pode estar relacionado com a melhora de quadros de tristeza, se utilizados de forma apenas aguda.


CONCLUSÃO
Sabe-se que tudo em exagero pode causar efeitos indesejáveis. E a suplementação de Omega 3 não fica atrás desta regra.
Consulte seu nutricionista para saber a dosagem recomendada para seu perfil, assim como o tempo de utilização.


Nathália Mancini   CRN/1 - 7310
Rebecca Boubli    CRN/1 - 7311

EQUIPE IBNI

quarta-feira, 25 de julho de 2012

OS SUPLEMENTOS DE COLÁGENO REALMENTE AJUDAM NO COMBATE AO ENVELHECIMENTO?



O colágeno é uma das classes de proteínas fibrosas encontradas na matriz extracelular e nos tecidos conectivos. Os aminoácidos que o forma na sua grande maioria são: lisina, glicina, prolina e hidroxiprolina, alem de mais 17 aminoácidos em quantidades reduzidas.


Sua principal função é estrutural. Ou seja, é responsável pela sustentação das células, mantendo-as unidas, sendo o principal componente protéico de órgãos como a pele, ossos, cabelos, vasos sanguíneos, cartilagens e ligamentos dos tendões. Assim, diferentes tipos celulares podem sintetizar diferentes tipos de colágeno, dependendo de cada tecido.
 
Como sabemos, são encontrados no mercado produtos prontos (suplementos, balas, pós e etc) de colágeno que prometem, por exemplo, a melhora da firmeza da pele e textura do cabelo.


MAS SERÁ QUE ESSES PRODUTOS SÃO REALMENTE EFETIVOS?


Bom, para simplificar, o que acontece é o seguinte: O nosso corpo sabe produzir o colágeno, a partir dos aminoácidos já ditos anteriormente. Porém, é preciso mais para isso. São necessários, também, alguns micronutrientes, tais como: vitaminas C, E, piridoxina, betacaroteno, ácido pantotênico e biotina. Além de certos minerais, como o manganês, selênio, cromo, cobre, zinco e silício.Ou seja, não é assim tão simples como tentam fazer parecer.

Outro detalhe muito importante chama-se NECESSIDADE FISIOLÓGICA. Isso quer dizer que o seu corpo realmente precisa querer sintetizar colágeno para estimular a produção. Como já falamos, há diferentes tipos de colágeno. Portanto, se o seu corpo acha que é a hora de produzir colágeno para melhorar a elasticidade dos vasos, é para isso que a produção será estimulada e não para a firmeza da pele, por exemplo. Ou ainda mais, ao consumirmos o colágeno pronto, iremos digeri-lo (quebrá-lo) e absorveremos somente os aminoácidos. Dessa forma, ele pode parar até no seu músculo, o que determina uma função bem diferente da que você poderia estaria procurando.

Por isso, temos que diversificar e investir nos nutrientes provenientes de uma alimentação adequada para o corpo funcionar em equilíbrio, pois assim ele não precisará selecionar o que é mais importante para ele produzir, resultando assim em uma pele e cabelo saudável e órgãos funcionando adequadamente.


Nathália Mancini CRN/1 - 7310

Rebecca Boubli CRN/1 - 7311


EQUIPE IBNI

terça-feira, 24 de julho de 2012

PÃO SEM GLÚTEN CASEIRO

Você já deve ter ouvido falar dos prejuízos que o glúten traz ao organismo daqueles que apresentam intolerância a este conjugado de proteínas.
Ótima dica para quem precisa retirar o glúten da alimentação.

Experimente fazer seu próprio pão! 


INGREDIENTES
MEDIDA CASEIRA
MEDIDA
Fermento biológico
2 colheres de sopa
40g
Açúcar demerara
1 colher de sopa
20g
Água mineral aquecida
2 copos (de requeijão)
500 ml
Farinha de arroz integral
10 colheres de sopa
200g
Polvilho doce
3 colheres de sopa
60g
Amido de milho
3 colheres de sopa
60g
Ovos
3 unidades (inteiros)
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Oleo de canola
2 colheres de sopa
50g
Sal marinho
1 colher de sobremesa rasa
8g
MODO DE PREPARO

Colocar, no liquidificador, fermento biológico, açúcar e água levemente aquecida.

Ligar o liquidificador e acrescentar a farinha de arroz, o polvilho doce, o amido de milho, os ovos, o óleo e o sal.

Desligar, tampar e deixar crescer até atingir a tampa do liquidificador. Demora, mais ou menos, 15 minutos.

Untar duas formas para pão com o óleo e polvilhar com a farinha de arroz.

Colocar a massa nas duas formas e pôr em forno frio.

Assar por 30 minutos.

Servir.







Nathália Mancini   CRN/1 - 7310
REbecca Boubli    CRN/1 - 7311


EQUIPE IBNI


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Desmistificando a cultura Ayurvédica


A cultura Ayurveda é considerada eterna e sua longa tradição tem profunda ligação com a cultura indiana. Este modo de vida é caracterizado como sendo uma corrente de conhecimento que é passada de geração em geração e, segundo a cultura indiana, originou-se diretamente do próprio criador, antes mesmo da criação do próprio universo.

No mundo atual, o sucesso desta cultura deve-se a sua historia de quase cinco mil anos de tradição, que rompe as barreiras impostas pelo tempo e fronteiras culturais, e a evolução quanto ao conceito de ciência, bem como sua inserção no meio acadêmico.

O termo ayurveda é composto por dois radicais: Ayus e veda. O primeiro significa vida e o segundo, veda, pode ser traduzido como ciência ou conhecimento. Resumi-se, assim, como ciência da vida ou ciência da longevidade. Pois, nesta cultura, a vida deve ser definida como a conjugação de corpo, sentidos, mente e espírito.

Portanto, a Ayurveda diz que uma pessoa sadia é aquela que apresenta equilíbrio dos princípios vitais (doshas). Sendo assim, ela propõe três objetivos principais: preservar a saúde das pessoas saudáveis, prevenir as doenças, promover e lapidar a saúde das pessoas saudáveis e contribuir para a cura dos enfermos.

Para a filosofia védica, o universo é composto por cinco grandes elementos básicos que se interrelacionam com os doshas. E estes elementos são muito importantes pois estão presentes na formação dos climas e estações, além de entrarem na composição de medicamentos e alimentos. Na fisiologia humana, manifestam-se na forma de três princípios governantes (doshas). Classificados em vata, Pitta e kapha.

Os doshas, quando estão em equilíbrio ou normalidade, mantêm todo o equilíbrio da fisiologia. Porém, quando estão em desordem, destroem a saúde e o corpo.

Como os três doshas se formam pela combinação dos cinco elementos, a junção de ar e éter forma o dosha vata. Os elementos fogo e água formam o dosha Pitta. E, por fim, os elementos água e terra unem-se para formar o dosha kapha.

Dessa forma, a individualidade comportamental e física humana pode ser entendida quando verifica-se as características dos componente de cada doshas.

O dosha vata apresenta em si as características de ar e éter. Podendo ser caracterizado pela sua maciez, leveza, frieza, sutileza, secura, delicadeza, volatilidade e instabilidade. Sua fisiologia é responsável pelos processos de circulação, movimento e percepção de sensações.

Já o dosha pitta é determinado pelo calor, sutileza, secura, ardência, agudeza, penetração profunda, uma vez que tem qualidades de fogo e água. Sua fisiologia é responsável pelos processos de transforção e metabolismo do corpo. Este comando inclui tanto a formação de nutrientes quanto a produção dos restos e dejetos. A manutenção das enzimas do corpo.

O último dosha, kapha, exibe as qualidades físicas dos elementos água e terra. Sendo: oleosidade, letargia, dureza, estabilidade, densidade e grossura. Sua fisiologia é responsável pela estrutura física e coesão das diversas substâncias do corpo, por meio de um sistema de tecidos orgânicos, materiais de excreção e secreções fisiológicas.

De forma geral, os três doshas precisam estar em equilíbrio. E, para tal, o meio ambiente e a forma com que o individuo está inserido neste meio, precisam estar de acordo com suas características originais. A alimentação inadequada desequilibra os doshas, podendo causar um a série de doienças futuras. Em contrapartida, dietas bem orientadas de acordo com a constituição e com a situação dos doshas no momento atual são capazes de promover o equilíbrio do sistema tridosha e reconduzir o organismo ao estado de saúde. A alimentação ayurvédica inclui não somente os tipos de alimentos que devem ser consumidos, mas também as regras e procedimentos corretos no ato de alimentar-se e as combinações alimentares adequadas e inadequadas para cada pessoa.





Nathália Mancini   CRN/1 – 7310
Rebecca Boubli   CRN/1 – 7311


segunda-feira, 16 de julho de 2012

FAMOSOS ADEREM A ALIMENTAÇÃO AYURVÉDICA

MATÉRIA PUBLICADA NO SITE GLOBO.COM TRAZ QUE OS FAMOSOS GRAZI MASSAFERA E JOSÉ WILKER JÁ CONHECEM E ADEREM OS BENEFÍCIOS DA ALIMENTAÇÃO AYURVÉDICA. APROVEITE A LEITURA DA PUBLICAÇÃO PARA IR SE FAMILIARIZANDO COM ESSA CULTURA INDIANA MILENAR E AGUARDE, POIS EM BREVE SABERÁ UM POUCO MAIS SOBRE ESSE MAGNÍFICO ESTILO DE VIDA!


Dieta não faz restrição ao consumo de temperos Foto: Gustavo Stephan

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"Cariocas e restaurantes aderem à alimentação ayurvédica".

RIO - Há cerca de seis meses, o ator José Wilker descobriu que é pitta. Sua filha, a roteirista Mariana Vielmond, é diferente: tem as características típicas de kapha. Ambos receberam o "diagnóstico" durante uma consulta de ayurveda e, desde então, na casa deles, no Jardim Botânico, os alimentos que chegam à mesa são os mais indicados para promover o bem-estar de cada um, entre arroz com feijão-verde, uva com gengibre e salsicha vegetal. Pode parecer grego para quem nunca teve algum contato com a filosofia ayurvédica (indiana, na verdade), mas os termos e as premissas desta dieta milenar vêm se tornando corriqueiros entre diversas famílias cariocas, que estão caindo de boca, literalmente, em suas receitas.
Para início de dieta, a alimentação ayurvédica parte do princípio básico de que cada um possui um perfil, um biotipo diferente — ou um dosha, para usar o termo empregado, em sânscrito. É a partir desse dosha que se chega a um cardápio. Após uma hora de conversa e uma avaliação minuciosa da língua, das unhas e do pulso, Mariana Vielmond saiu do primeiro encontro com a terapeuta Cristiane Ayres, no Nirvana, na Gávea, sabendo que pertence ao grupo de pessoas que tem certa tendência a engordar, gosta de dormir até tarde, não se agita com facilidade e é extremamente amoroso — características de seu dosha. Para domar quem é kapha, controlar as emoções e se equilibrar, certos alimentos entram em ação.

— Maçã com cravo e canela, lentilha vermelha e chás são bons para mim porque aquecem, levantam. Mingau de manhã ajuda a limpar o organismo. Não devo ingerir nada muito gelado. Mas o que mais gosto são os temperos, diversos deles para usar nos pratos — conta Mariana, enquanto lancha bolinho de arroz feito no forno acompanhado de uma xícara de chai (chá de especiarias com leite).
Os temperos são, de fato, as estrelas dos pratos ayurvédicos. Cominho, páprica, cúrcuma, açafrão, cardamomo, coentro, papoula, anis, pimenta, noz-moscada, canela, mostarda, curry... Abra espaço na cozinha para as mais diversas cores de pós e grãos.

— Os temperos têm propriedades que aquecem ou resfriam o corpo, podendo aumentar ou diminuir um dosha. Possuem ainda funções terapêuticas e ajudam a eliminar toxinas — explica a terapeuta Cristiane, especialista em física quântica que, há 14 anos, deixou a profissão (trabalhava com lançamentos de satélite de TV digital) para se dedicar aos estudos da tradição indiana.
Foram justamente os aromas e sabores que despertaram a curiosidade — e o paladar — de José Wilker. Em sua consulta, não houve dúvida: ele é um legítimo pitta, inteligente, ágil e irritado. Para desacelerar e resfriar o corpo, ele inicia a manhã com água com algumas gotas de limão e segue o dia, por exemplo, com suco de cenoura e laranja, damasco fresco, sanduíche de ricota, arroz de açafrão e feijão-verde. Para ele, ao contrário da filha, geladinhos caem bem (folhas, pepino, pera). Com os novos hábitos, diminuiu muito o consumo de carne vermelha. Ioga é recomendada para ajudar a equilibrar.

— Não faço, não tenho a menor paciência — diz. — No início, fui mais radical, agora, com o ritmo de gravações, é mais complicado. Mas eu adapto na rua, tento fazer as escolhas mais adequadas. Achei que seria mais difícil, que sentiria falta de refrigerante, linguiça, mas o paladar muda.
Quando escapa muito das orientações da terapeuta, o ator recorre a um dos antídotos. Sim, eles existem. Funcionam como uma espécie de compensação. O famoso dia seguinte deve correr sem carnes, laticínios, gorduras... Óleo de coco com cardamomo é uma das receitas que podem ajudar a neutralizar os efeitos das toxinas ingeridas, por exemplo.

A atriz Juliana Terra usa essa mesma especiaria no café. Quando a vontade é incontrolável e ela bebe várias xícaras num só dia, adiciona uma colherzinha de cardamomo, como um pó mágico. Assim como acontece com a maioria das pessoas que segue os princípios do ayurveda, Juliana se interessou pelo assunto, há mais de um ano, graças à ioga. Os terapeutas esclarecem que a prática, de fato, é um ótimo complemento, mas um pode funcionar bem sem o outro.
Juliana lembra da sua primeira consulta. Contou à terapeuta, com um leve sorriso de orgulho, que sua alimentação já era saudável, sem carnes e com muito arroz e pães integrais, além de iogurtes. Descobriu, naquele dia, que não devia comer nada disso.

— Eu tenho o estômago sensível e estava ingerindo muita fibra, então ela substituiu o arroz integral pelo basmati, mais nutritivo e bom para a digestão — conta Juliana. — Preciso comer gengibre, mamão, abacate, óleo de coco e peixe de água doce. O prato que mais sai lá em casa é bobó de abóbora com coentro, uma delícia.
Seu diagnóstico é raro: ela é tri-dosha. Além de kapha e pitta, a atriz possui, na mesma proporção, o terceiro e último dosha: vata, que engloba pessoas que perdem peso com facilidade, têm tendência a pele seca, possuem a mente muito agitada e variam bastante de humor. Para chegar ao equilíbrio, como são magros, devem comer alimentos muito nutritivos, entre eles amêndoa, aveia, lentilha rosa, figo e rapadura.

Os benefícios citados por essa turma que provou e aprovou a alimentação ayurvédica são parecidos: mais disposição, melhora do humor, da qualidade do sono, da digestão, da concentração, maior brilho na pele e no cabelo e alergias amenizadas. Mito ou verdade, fato é que cresce o número de cariocas que passaram a incluir kapha, vata e pitta no vocabulário diário da casa.
Nas salas onde a terapeuta Laura Pires atende, em Copacabana e na Barra, o movimento triplicou no último ano, com clientes como a atriz Grazi Massafera. Só há horário para daqui a um mês. Seus cursos de culinária no Mise en Place, no Espaço Itanhangá, também são concorridos. Para ela, não há nada de mágico na tradição: o bem-estar acontece graças ao equilíbrio dos doshas.

— É uma alimentação que ajuda a digerir e eliminar. O corpo passa a funcionar bem e isso traz uma sensação boa, de estar saudável — diz Laura.

Até restaurantes começaram a prestar atenção na demanda e trataram de incluir pratos que se encaixam na dieta. No Zazá Bistrô, em Ipanema, tem salada de folhas orgânicas com mel trufado, peras e lascas de grana padano. Outra opção são as pétalas de cenoura e beterraba acompanhadas de crocante de rapadura. Também em Ipanema, o Market agora oferece truta com semente de girassol e massa de arroz. Para degustar um chá, o Sawasdee, no Leblon, bolou combinações como canela, gengibre e anis; erva-doce, cardamomo e cominho.

— As pessoas perguntam mais sobre os ingredientes, querem saber como é feito o prato para checar se é como manda o ayurveda — conta Carolina Figueiredo, chef do Market.

Os primeiros textos do ayurveda, que significa "ciência da vida", remetem a 1500 a.C. e foram encontrados em livros da Índia. No país asiático, trata-se de uma medicina com o mesmo status da convencional, com graduação em universidades espalhadas principalmente pelo Sul. Os estudos englobam tratamentos de doenças, massagens com óleos e limpezas intestinais. Uma formação com pós-graduação e doutorado pode levar até 11 anos. Nas zonas mais rurais, o conhecimento costuma ser passado de geração em geração.

No mundo ocidental, a tradição é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma terapia. O número de filiados na Associação Brasileira de Ayurveda, que existe há 12 anos, vem subindo. Segundo o diretor da entidade, o engenheiro Paulo Bastos, a Abra (com escritórios no Rio e em São Paulo) conta atualmente com 300 associados — o dobro do que tinha em 2010. Ele ainda comemora o fato do ayurveda ter se tornado, ano passado, uma pós-graduação de dois anos na UFRJ, voltada para profissionais da área de saúde.

— Muita gente acredita que comida ayurvédica tem sabor indiano e acaba se surpreendendo quando vê que ela é adaptada para o gosto do brasileiro — diz Paulo, que divide o tempo entre seu escritório de engenharia e as viagens pelo Brasil, à frente de cursos, além de idas à Índia, levando grupos de brasileiros para estudar.

Sridhama Dasi estudou ayurveda por dois anos, aqui no Rio mesmo. Ela tem nome, aparência e roupas de indiana, mas nasceu em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo. Ainda na adolescência, Maria Silva "se encontrou" na cultura hare krishna e ganhou o nome que usa. Nas frequentes festas dentro de templos, acabava indo parar na cozinha, por prazer e aptidão. Hoje, Sridhama é uma expert em culinária ayurvédica e prepara pratos na casa dos clientes, em pacotes para uma semana. De suas mãos ágeis, surgem arroz com mostarda em grãos, farofa de gérmen de trigo, risoto de folhas...

— Preparo também a ghee, que é a manteiga clarificada, usada para quase tudo. Basta ferver a manteiga sem sal, deixá-la em fogo baixo por mais de uma hora e ir retirando a espuma que se forma. O processo a livra de toxinas — ensina Sridhama.

Ter uma cozinheira ayurvédica para chamar de sua custa R$ 200, o dia.

Do forno do apartamento da família Lattuca, no Recreio, saiu um perfumado bolo de laranja, sexta-feira retrasada, fim de tarde. Foi feito com farinha integral e açúcar demerara, que não é refinado, outro queridinho da alimentação da moda. Por lá, mãe, filhas e empregada se entregaram à filosofia milenar. Primeiro, a matriarca. A designer Eliana Lattuca ouviu falar que seus princípios poderiam ajudá-la com as alergias respiratórias e foi atrás de uma consulta, que, em média, custa R$ 200. Depois, deu nas mãos da fiel empregada Ana Ramalho, 17 anos de casa, uma série de receitas próprias para o seu pitta.

Em poucas semanas, as filhas Juliana, de 17 anos, e Marina, de 13 anos, que torciam o nariz por acharem se tratar de uma dieta mais "natureba", renderam-se aos pratos.
— Achei que não podia comer carne, mas quando vi que pode, comecei a levar a sério. Sou vata. Amo o risoto de aspargos e o leite de amêndoas com mel — conta Juliana, que jura ter se livrado de frequentes terçóis.

Eliana Lattuca já segue as recomendações há mais de um ano e garante que jogou as caixas de antialérgicos fora. Perdeu também três quilos com os novos hábitos. Apesar de boa parte da procura pela dieta ser por mulheres que lutam contra a balança, terapeutas explicam que esse não é o foco. Não costuma haver nem balança nos locais das consultas. Enxugar a silhueta em alguns quilos, elas esclarecem, é uma consequência natural, já que o corpo se alimenta apenas com o que precisa, sem excessos.

Ana Ramalho, a empregada da casa dos Lattuca, sabe disso. Desde que começou a cozinhar os pratos pedidos pela patroa, aderiu ao regime.

— Eu era a magra do barrigão, sabe? A barriga foi embora — conta ela, que tem consulta marcada (presente de Eliana) para o fim do mês.

Até na sua casa, em Vargem Pequena, o marido e os quatro filhos aprovaram os sabores. Domingão por lá, agora, é dia de arroz com lentilha rosa e bolo de abobrinha.

O motivo que levou a professora de ioga Maria Manuela Lampert a buscar $ayurveda foi uma leve depressão, que chegou em dezembro passado. Ela lembra já ter se interessado pelo tema, seis anos atrás, mas ainda havia poucos cursos e terapeutas por aqui. Dessa vez, ficou impressionada com o aumento das opções. Seu pitta, hoje, é amansado desde o café da manhã, à base de mingau de aveia e frutas aquecidas. Segue à risca as regras que valem para todos os doshas, como nunca misturar leite com frutas.

— Nossa, vai dando um prazer quando você consegue cortar o que não te fazia bem, no meu caso, o café. Tinha muita oscilação de humor, isso melhorou muito — diz Manuela, que embarca para a Índia no fim do mês para estudar.

A terapeuta Laura Pires foi parar na Ín$para tratar os sintomas de uma esclerose múltipla, descoberta quando ela tinha 24 anos, em 2005. Ficou internada por 21 dias, entregou-se a um tratamento intensivo da medicina ayurvédica e recuperou movimentos da perna e parte da visão que tinha perdido. Foi quando a ex-estudante de Arquitetura resolveu mergulhar durante três anos na ciência indiana e passou a atender. Ela conta que, hoje, muita gente a procura para curar doenças, mas ressalta que o ayurveda não chegou aqui para substituir a medicina convencional, mas, sim, complementá-la. E funciona mais para prevenir do que para curar doenças.

A endocrinologista Isabela Bussade, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, explica que adotar uma dieta com rica combinação de alimentos possui, de fato, o poder da prevenção:

— A alta ingestão de alimentos naturais, não processados, é muito positiva nessa dieta — elogia a médica. — O cuidado seria apenas não acabar estressado por causa de muitas restrições. A alimentação é para ser confortável e prazerosa.

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Marina Mendes CRN/1- 4959
Rebecca Boubli CRN/1- 7311




sábado, 14 de julho de 2012

HAMBÚRGUER DE QUINOA

Simples e delicioso, o hambúrguer de quinoa é uma ótima opção para você estar recheando seu sanduíche!!

 
INGREDIENTES
MEDIDA CASEIRA

Quinoa cozida
1 xícara de chá
 Rica em proteina de alto valor biológico e fibras
Abobrinha
½ unidade

Cenoura
½ unidade grande

Cebola
½ unidade

Alho
3 dentes
 Forte poder antioxidante e protetor do sistema imunológico
Ovo
1 unidade

Farinha de arroz
3 colheres de sopa
 ótima opção para substituir a farinha de trigo. Não contém glúten.
Farelo de aveia
2 colheres de sopa

Manjericão picado
3 colheres de sopa

Salsinha picada
3 colheres de sopa

Sal marinho, noz moscada e/ou pimenta do reino
A gosto
 Invista nas especiarias
MODO DE PREPARO
Cozinhar a quinoa. Reservar. Ralar a abobrinha e a cenoura. Reservar. Refogar a cebola e o alho. Ir acrescentando a esse refogado  a abobrinha, a cenoura e a quinua. Juntar o ovo e misturar bem. Acrescentar o manjericão, a salsinha, o sal marinho, a noz moscada e a pimenta do reino. Colocar a farinha de arroz e o farelo de aveia aos poucos, até gerar uma consistência firme. Misturar bem.

Rebecca Boubli CRN/1 - 7311