sexta-feira, 20 de julho de 2012

Desmistificando a cultura Ayurvédica


A cultura Ayurveda é considerada eterna e sua longa tradição tem profunda ligação com a cultura indiana. Este modo de vida é caracterizado como sendo uma corrente de conhecimento que é passada de geração em geração e, segundo a cultura indiana, originou-se diretamente do próprio criador, antes mesmo da criação do próprio universo.

No mundo atual, o sucesso desta cultura deve-se a sua historia de quase cinco mil anos de tradição, que rompe as barreiras impostas pelo tempo e fronteiras culturais, e a evolução quanto ao conceito de ciência, bem como sua inserção no meio acadêmico.

O termo ayurveda é composto por dois radicais: Ayus e veda. O primeiro significa vida e o segundo, veda, pode ser traduzido como ciência ou conhecimento. Resumi-se, assim, como ciência da vida ou ciência da longevidade. Pois, nesta cultura, a vida deve ser definida como a conjugação de corpo, sentidos, mente e espírito.

Portanto, a Ayurveda diz que uma pessoa sadia é aquela que apresenta equilíbrio dos princípios vitais (doshas). Sendo assim, ela propõe três objetivos principais: preservar a saúde das pessoas saudáveis, prevenir as doenças, promover e lapidar a saúde das pessoas saudáveis e contribuir para a cura dos enfermos.

Para a filosofia védica, o universo é composto por cinco grandes elementos básicos que se interrelacionam com os doshas. E estes elementos são muito importantes pois estão presentes na formação dos climas e estações, além de entrarem na composição de medicamentos e alimentos. Na fisiologia humana, manifestam-se na forma de três princípios governantes (doshas). Classificados em vata, Pitta e kapha.

Os doshas, quando estão em equilíbrio ou normalidade, mantêm todo o equilíbrio da fisiologia. Porém, quando estão em desordem, destroem a saúde e o corpo.

Como os três doshas se formam pela combinação dos cinco elementos, a junção de ar e éter forma o dosha vata. Os elementos fogo e água formam o dosha Pitta. E, por fim, os elementos água e terra unem-se para formar o dosha kapha.

Dessa forma, a individualidade comportamental e física humana pode ser entendida quando verifica-se as características dos componente de cada doshas.

O dosha vata apresenta em si as características de ar e éter. Podendo ser caracterizado pela sua maciez, leveza, frieza, sutileza, secura, delicadeza, volatilidade e instabilidade. Sua fisiologia é responsável pelos processos de circulação, movimento e percepção de sensações.

Já o dosha pitta é determinado pelo calor, sutileza, secura, ardência, agudeza, penetração profunda, uma vez que tem qualidades de fogo e água. Sua fisiologia é responsável pelos processos de transforção e metabolismo do corpo. Este comando inclui tanto a formação de nutrientes quanto a produção dos restos e dejetos. A manutenção das enzimas do corpo.

O último dosha, kapha, exibe as qualidades físicas dos elementos água e terra. Sendo: oleosidade, letargia, dureza, estabilidade, densidade e grossura. Sua fisiologia é responsável pela estrutura física e coesão das diversas substâncias do corpo, por meio de um sistema de tecidos orgânicos, materiais de excreção e secreções fisiológicas.

De forma geral, os três doshas precisam estar em equilíbrio. E, para tal, o meio ambiente e a forma com que o individuo está inserido neste meio, precisam estar de acordo com suas características originais. A alimentação inadequada desequilibra os doshas, podendo causar um a série de doienças futuras. Em contrapartida, dietas bem orientadas de acordo com a constituição e com a situação dos doshas no momento atual são capazes de promover o equilíbrio do sistema tridosha e reconduzir o organismo ao estado de saúde. A alimentação ayurvédica inclui não somente os tipos de alimentos que devem ser consumidos, mas também as regras e procedimentos corretos no ato de alimentar-se e as combinações alimentares adequadas e inadequadas para cada pessoa.





Nathália Mancini   CRN/1 – 7310
Rebecca Boubli   CRN/1 – 7311


Nenhum comentário:

Postar um comentário